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Abstract

Agentes de Inteligência Artificial são as principais tendências para 2025, projeta Alexandre Messina

Foto do escritor: Marina SchmidtMarina Schmidt
Alexandre veste uma camisa preta e manchete da entrevista diz "este será o ano dos agentes de inteligência artificial"
Connext Entrevista Alexandre Messina

A inteligência artificial (IA) tem revolucionado diversos setores nos últimos anos, e sua evolução aponta para um futuro ainda mais transformador. Para Alexandre Messina, empreendedor e fundador da Zaia.App, os agentes de IA despontam como a principal tendência tecnológica para 2025. Esses recursos combinam conhecimento e ação, impactando significativamente as atividades que desempenhamos no dia a dia.


Messina, que é reconhecido pelo MIT Innovator Under 35 e se destaca como LinkedIn Top Voice, está entre os speakers confirmados para a próxima edição do AI Health Frontiers, realizado pela Connext Health. Nesta entrevista, ele esclarece que a acessibilidade será um dos grandes diferenciais na adoção dos agentes de IA. Exemplo disso são as soluções desenvolvidas pela Zaia, que tornam possível a criação desses agentes sem a necessidade de conhecimentos avançados em programação que profissionais foquem no entendimento dos negócios e nas melhores formas de aplicação da tecnologia.


“Tem um conceito chamado AGI (em tradução, inteligência artificial geral), que é quando IA fica mais inteligente do que a grande maioria dos PhDs juntos”, explica. “E aí a gente vai começar a tomar nossas decisões sempre consultando antes uma IA.”


O futuro, segundo Messina, aponta para uma convivência mais integrada entre humanos e máquinas, com a IA desempenhando um papel cada vez mais relevante na análise de dados, tomada de decisões e automação de tarefas repetitivas. Profissionais que compreendem essa transformação e buscam integrar a tecnologia às suas rotinas terão uma vantagem estratégica nos próximos anos.


Segundo ele, a implementação gradual da IA nos processos cotidianos é essencial para que profissionais e empresas se adaptem a essa realidade e permaneçam competitivos. No entanto, ele reforça que, mesmo com os avanços tecnológicos, o elemento humano continua essencial, especialmente em contextos que demandam empatia e comunicação.

 

Connext Health — Como tem sido a sua trajetória com a inteligência artificial?


Alexandre Messina — De background eu sempre tive perfil de empreendedor. Abri minha primeira empresa há 10 anos, em 2015, vendi para a Americanas em 2019. Depois, entrei na Americanas e toquei a área de inovação aberta durante três anos. Nessa área, eu estava sempre ligado no que tinha de mais moderno, seja metaverso, inteligência artificial, web3, blockchain e por aí vai. Quando o chatGPT foi lançado, em setembro de 2022, fiquei maravilhado com aquilo. Um pouco antes, tinha lido um livro muito bom chamado IA Superpowers (Kai-Fu Lee), que falava sobre todo o potencial da inteligência artificial generativa, antes mesmo do ChatGPT. Eu já estava ligado que essa seria a próxima grande onda.


Quando o ChatGPT foi lançado (era apenas um site e que as pessoas tinham muita dificuldade de poder acessar), eu saí da Americanas e fundei minha empresa, que chamava ZapGPT (hoje, chama-se Zaia), e o que a gente fez foi simplesmente plugar o ChatGPT no WhatsApp e era um número que você poderia usar. chegou a ter quase 40 mil pessoas usando. Depois, ficou mais fácil usar o ChatGPT, aplicativos etc. O modelo de negócio pivotou e agora chama Zaia. Foi uma questão de oportunidade de mercado, sabendo que seria e está sendo uma tecnologia que iria disruptar todos os setores.


Connext Health — E agora, para 2025, o que você vislumbra quando falamos em inteligência artificial?


Messina — Uma tendência muito forte, que o mercado tem falado cada vez mais, são os agentes de inteligência artificial. Hoje em dia, usamos a IA como assistente, principalmente. Então, você vai no ChatGPT, pergunta e ele responde, como um assistente pessoal. Usamos para buscar conhecimento. Agora, quando a gente usa conhecimento e uma ação, temos um agente. Por exemplo, se eu tenho uma clínica médica e quero que o agente de IA entre na minha agenda, verifique se tem horário disponível para agendar e confirme com o cliente. Ao invés de ser algo simplesmente passivo, de responder perguntas e respostas, ele também vai fazer ações. Isso vai ser uma tendência superforte, a principal, para este ano de 2025. 


Connext Health — A Zaia oferece soluções em agentes de inteligência artificial, inclusive...


Messina — Exato. Hoje, para criar um agente é algo um pouco complexo. Precisa entender de programação e coisas do tipo. O que a gente faz na Zaia é dar acessibilidade para as pessoas criarem esses agentes sem ter que saber sobre programação. Temos um time com mais de 10 programadores que estão trabalhando em cima da plataforma para fazer com que as pessoas possam construir esses agentes. O que tem que saber é comunicação: como a IA se comunicaria da melhor maneira com o seu cliente. 


Connext Health — Ou seja, precisa de um conhecimento claro do negócio e da operação para poder aplicar isso na inteligência artificial?


Messina — Isso, porque não adianta nada querer construir algo se o processo não funciona ou automatizar um processo que já é ruim. Precisa otimizar antes de ir para essa etapa. 


Connext Health — E quando a gente pensa em um horizonte de tempo um pouco maior, de cinco a 10 anos, como vai ser a aplicação da inteligência artificial?


Messina — Tem um conceito chamado AGI (em tradução, inteligência artificial geral), que é quando IA fica mais inteligente do que a grande maioria dos PhDs juntos e aí a gente vai começar a tomar nossas decisões sempre consultando antes uma IA. Uma tendência é a gente usar a IA com mais frequência. No mundo da medicina, os próprios médicos podem ter uma assistente de IA para ajudar a tomar melhores decisões, porque temos um limite de coisas que conseguimos armazenar na nossa cabeça, mas a IA praticamente não tem esse limite. Ela consegue, por exemplo, analisar 10 milhões de imagens de um potencial tumor para saber se aquilo é ou não é. Isso, provavelmente, terá uma acurácia maior do que um médico PhD, porque ele tem essa limitação humana — não consegue avaliar 10 milhões de imagens.


Vamos começar a confiar cada vez mais nisso. A questão é que sempre vamos precisar do lado humano, por causa da empatia. Por mais que a IA seja muito boa para diagnosticar alguma coisa ou daqui a pouco fazer uma cirurgia por robô, ela vai falar com alguém da família? Não é uma IA que vai transmitir as informações e mensagens que um médico vai passar a um paciente ou seus familiares. Essa comunicação e essa empatia vão perdurar e, para a necessidade técnica de entender e diagnosticar algo, a IA vai ocupar cada vez mais espaço.


Connext Health — A interação humana continua sendo fundamental. A tecnologia nem sempre vai ter a mesma percepção de um médico, até porque, muitas vezes, os pacientes muitas vezes não são precisos na descrição dos sintomas. A IA é mais literal, certo?


Messina — Eu acho que ao longo do tempo, a IA vai aprender a ser muito mais empática. A questão é que, querendo ou não, por mais empática que ela seja, não vai conseguir ser tanto quanto uma pessoa. 


Connext Health — E para os profissionais da saúde o que eles precisam avaliar sobre esse futuro que está se desenhando: qual vai ser o impacto da IA na área e qual vai ser o papel dos profissionais nesse novo contexto? É preciso ter conhecimento sobre a tecnologia e em qual medida? 


Messina — Nessa questão, é muito profissional entender se as atividades que ele faz no dia a dia são muito repetitivas ou replicáveis. Porque tudo que é repetitivo e replicável a IA vai acabar democratizando. Então, por exemplo, essa questão de uma secretária de uma clínica fazer os agendamentos. Isso é repetitivo e vai ser democratizado. Ou, ainda, análise de imagem: é uma tarefa repetitiva, em que se observa a imagem, avalia-se um padrão para chegar a uma conclusão. Nesse caso, o que deve-se fazer é começar a ter o hábito de implementar a inteligência artificial no dia a dia nos processos dele. Ou seja, colocar a IA para fazer o atendimento na clínica (agendamento); se faz análise de imagem, usa a IA como assistente para ajudar a tomar decisões. Já começa a se acostumar a implementar a inteligência artificial para quando chegar a hora e a IA bater à porta, essa pessoa já estará um passo além — ela já entendeu isso, já usa a IA e se torna um profissional muito mais poderoso do que aquele que pode ficar obsoleto. 

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